Retorno das chuvas no Brasil e maior aversão ao risco no financeiro pressionam soja em Chicago

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    Porto Alegre, 4 de dezembro de 2023 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais baixos. A previsão de clima favorável ao desenvolvimento das lavouras no Brasil foi o principal fator motivador do recuo. Completando o cenário negativo, o petróleo caiu frente a outras moedas e o dólar subiu, em meio a um cenário de maior aversão ao risco no financeiro global.

    De acordo com o alerta agroclimático da Rural Clima, as chuvas estão gradativamente retornando e se espalhando pelas diversas regiões brasileiras. O agrometeorologista Marco Antonio dos Santos faz a ressalva, porém, que as precipitações ainda continuarão acontecendo de forma irregular.

    No decorrer dessa semana, Santos afirma que deve haver chuvas em várias partes do Brasil, desde o norte do Rio Grande do Sul e demais áreas da região Sul, passando pelo Sudeste, Centro-Oeste, partes da região Norte e do Matopiba. “Com exceção do Sul do Brasil, porém, os volumes de chuvas ainda serão irregulares”, detalha.

    No final de semana o ingresso de uma nova frente fria deve trazer o retorno das chuvas para o Sul do Brasil, que deverão se espalhar novamente pelas demais regiões. No que tange às temperaturas, elas seguirão elevadas nos períodos em que não houver chuvas.

    O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reportou a venda de 183 mil toneladas de farelo para as Filipinas. As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 1.108.864 toneladas na semana encerrada no dia 30 de novembro. Na semana anterior, as inspeções de exportação de soja haviam atingido 1.573.289 toneladas.

    O mercado começa a se ajustar também para o relatório mensal do USDA, que será divulgado na sexta, 8, às 14h.

    Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com baixa de 18,75 centavos ou 1,41% a US$ 13,06 1/4 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 13,26 1/2 por bushel, perda de 19,00 centavos de dólar, ou 1,41%, na comparação com o dia anterior.

    Nos subprodutos, a posição janeiro do farelo fechou com baixa de US$ 4,40 ou 1,06% a US$ 408,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em janeiro fecharam a 51,24 centavos de dólar, com baixa de 0,21 centavo ou 0,40%.

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     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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