Preços do boi sobem em parte do Brasil, visando avanço nas escalas de abate

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Porto Alegre, 10 de novembro de 2023 – A semana foi marcada por negociações acima da referência média em alguns estados brasileiros para a arroba do boi, como São Paulo e Mato Grosso do Sul. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, os frigoríficos nesses estados pagaram mais pela arroba na tentativa de manter escalas confortáveis de abate em um período de maior demanda.

Ele destacou, porém, que em vários estados brasileiros o perfil das negociações se sustentou, com estabilidade ou mesmo queda nas cotações da arroba. A entrada de animais confinados no decorrer do mês de novembro é um fator relevante a ser mencionado. No entanto, essa oferta sofrerá gradativa redução, em especial durante o mês de dezembro. “O agravante é que não haverá grande volume de oferta de animais terminados a pasto neste final de ano, em função das chuvas irregulares no Centro-Norte brasileiro”, sinaliza.

Preços internos

Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi a prazo foi de R$ 235,00, alta de 2,17% frente aos R$ 230,00 praticados na semana passada. Em Dourados (MS), a arroba foi cotada em R$ 230,00 na modalidade a prazo, ganho de 2,22% frente aos R$ 225,00 registrados no fechamento da última semana.

Em Cuiabá (MT), a arroba caiu 0,48% ao longo da semana, de R$ 210,00 para R$ 209,00. Em Uberaba (MG), o preço a prazo foi cotado a R$ 230,00 por arroba, queda de 2,35% frente aos R$ 235,00 registrados na última semana. Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 230,00, sem mudanças.

Preços dos cortes do traseiro seguem reagindo no mercado atacadista

Iglesias destaca que os preços dos cortes do traseiro avançaram 5,56% ao longo da semana, de R$ 18,00 para R$ 19,00, em meio à expectativa de uma demanda mais aquecida nos meses finais do ano. Já os cortes do dianteiro, diante da maior concorrência com a carne de frango, acabaram tendo uma desvalorização de 1,56%, passando de R$ 13,00 para R$ 12,80.

Iglesias destaca que a tendência é de continuidade do movimento de alta nos cortes do traseiro bovino, por conta da demanda mais aquecida nessa época do ano. Ele acrescenta que o décimo terceiro salário, demais bonificações comuns ao período, confraternizações de empresas e a criação de postos temporários de emprego geram grande estímulo ao consumo de proteínas de origem animal.

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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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