Porto Alegre, 15 de julho de 2022 – A semana foi marcada por um movimento de recuperação no mercado brasileiro de suínos, com avanço nos preços tanto para o quilo vivo quanto para os principais cortes do atacado. O ambiente de negócios envolvendo o animal vivo apresentou boa fluidez no Centro-Sul do país. Contudo, de acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, os frigoríficos seguiram reticentes quanto aos preços. “Isso impediu um reajuste satisfatório nos valores da carcaça ao longo da primeira quinzena de julho”, destaca o analista Allan Maia.
Por outro lado, os suinocultores estão pleiteando aumentos nos preços, sinalizando que a oferta de animais está mais equilibrada e o que o ajuste produtivo segue em curso, considerando o baixo peso médio. “Para a demanda, o mercado carrega um viés positivo, muito embora o ritmo de negócios possa vir a desacelerar um pouco a partir da próxima semana, à medida que as famílias vão ficando menos capitalizadas”, pontua.
Nas exportações, o setor também vem conseguindo reagir gradativamente. Os embarques de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 67,728 milhões em julho (6 dias úteis), com média diária de US$ 11,287 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 27,679 mil toneladas, com média diária de 4,613 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.246,80.
Em relação a julho de 2021, houve alta de 7,43% no valor médio diário, ganho de 9,4% na quantidade média diária e baixa de 1,9% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou a média de preços do quilo vivo no país subiu 1,65% na semana, passando de R$ 6,08 para R$ 6,18. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado avançou 1,11%, de R$ 10,27 para R$ 10,39. A carcaça teve alta de 0,72%, passando de R$ 9,53 para R$ 9,59.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo passou de R$ 137,00 para R$ 138,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo mudou de R$ 5,10 para R$ 5,20. No interior do estado a cotação aumentou de R$ 6,20 para R$ 6,30.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração subiu de R$ 5,20 para R$ 5,30. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 6,20 para R$ 6,45. No Paraná o quilo vivo passou de R$ 6,20 para R$ 6,35 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 5,15.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande aumentou de R$ 5,95 para R$ 6,05, enquanto na integração o preço passou de R$ 5,10 para R$ 5,20. Em Goiânia, o preço permaneceu em R$ 7,10. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno subiu de R$ 7,20 para R$ 7,30. No mercado independente mineiro, o preço se manteve em R$ 7,40. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis elevou-se de R$ 5,95 para R$ 6,05. Já na integração do estado o quilo vivo mudou de R$ 5,00 para R$ 5,20.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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