Maio inicia com preços do boi acomodados e focos de preocupação

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    Porto Alegre, 06 de maio de 2022 – A primeira semana de maio teve preços acomodados nas principais praças de produção e comercialização de boi gordo do país. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os agentes seguem temerosos em relação ao comportamento dos importadores chineses, com embargos avançando sobre algumas unidades frigoríficas brasileiras.

    “Basicamente, há incerteza dos frigoríficos em alongar suas escalas de abate tendo a percepção que a China pode adotar medidas parecidas com outras unidades. Além disso, as unidades afetadas pelo embargo precisam adotar estratégias para remanejar suas escalas de abate. O lockdown na China também preocupa, considerando a lentidão no recebimento de cargas no Porto de Xangai. Outro elemento de pressão a ser considerado é que ainda há bom volume de animais de safra disponíveis para o abate no Centro-Norte do país, o que deve favorecer a pressão sobre os mercados, principalmente nas regiões em que o embargo está em vigência”, assinalou Iglesias.

    Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 05 de maio:

* São Paulo (Capital) – R$ 325,00 a arroba, na comparação com R$ 330,00 em 28 de abril, queda de 1,52%.

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 310,00 a arroba, estável.

* Goiânia (Goiás) – R$ 300,00 a arroba, inalterada.

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 295,00 a arroba, contra R$ 290,00, alta de 1,72%.

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 290,00 a arroba, contra R$ 292,00 (-0,68%).

Exportação

    As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 977,725 milhões em abril (19 dias úteis), com média diária de US$ 51,459 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 157,470 mil toneladas, com média diária de 8,287 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 6.209,00.

    Em relação a abril de 2021, houve ganho de 72,1% no valor médio diário da exportação, aumento de 32,1% na quantidade média diária exportada e valorização de 30,3% no preço médio. Os dados são do Ministério da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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