Com petróleo e Chicago deteriorados, mercado de milho interno deve sofrer

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milho

     Porto Alegre, 21 de julho de 2022 – O mercado brasileiro de milho nesta quinta-feira deve ter mais um dia de baixa nos preços e de poucos negócios, acompanhando a forte perda do petróleo, que chegou a despencar até 5% no início desta manhã. A Bolsa de Mercadorias de Chicago, diante do tombo na cotação do combustível fóssil, recua pela terceira sessão seguida, também trazendo pressão às cotações internas. O dólar tem volatilidade e ainda opera sem tendência definida. A entrada da safrinha brasileira no mercado segue gerando pressão aos preços em todas as regiões.

     O mercado brasileiro de milho apresentou preços fracos, de estáveis a mais baixos, nesta quarta-feira. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, há pressão com a entrada, colheita, da safrinha em todas as regiões. Os preços no balcão vão cedendo com o aumento da oferta e nos portos.

     No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 85,50 (compra) a R$ 89,00 (venda) a saca (CIF) para setembro. Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 85,00/88,00 a saca para setembro.

     No Paraná, a cotação ficou em R$ 78,00/81,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 78,00/80,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 83,00/84,00 a saca.

     No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 90,00/93,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 75,00/78,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 70,00/R$ 74,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 72,00/74,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em dezembro de 2022 operam com baixa de 13,25 centavos em relação ao fechamento anterior, ou -2,24% cotada a US$ 5,76 3/4 por bushel.

* O mercado recua pela terceira sessão seguida, pressionado por chuvas benéficas nos Estados Unidos, além da forte queda de cerca de 5% no petróleo.

* As atenções estão voltadas para as exportações semanais dos Estados Unidos, que serão divulgadas às 9h30 (horário de Brasília). Analistas esperam vendas entre 200 mil toneladas e 550 mil toneladas.

* Ontem (20), os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 5,92 1/4 por bushel, recuo de 4,50 centavo de dólar, ou 0,75%, em relação ao fechamento anterior. A posição dezembro de 2022 fechou a sessão a US$ 5,90 por bushel, baixa de 5,25 centavos, ou 0,88% em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra alta de 0,14% a R$ 5,4700. O Dollar Index registra alta de 0,03% a 107.11 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, -0,99%; Tóquio, +0,44.

* As principais bolsas na Europa registram índices predominantemente baixos. Londres, com -0,50%; Paris, +0,13% e Frankfurt, -0,70%.

* O petróleo opera em queda. Setembro do WTI em NY: US$ 95,47 o barril (-4,41%).

AGENDA

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (22/07)

– Japão: O índice de preços ao consumidor de junho será publicado às na noite anterior pelo departamento de estatísticas.

– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.

– Dados de desenvolvimento das lavouras no Mato Grosso – Imea, na parte da

tarde.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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