Porto Alegre, 24 de janeiro de 2020 – Na média do Rio Grande do Sul, estado referência para preços de arroz no Brasil, a indicação ficou em R$ 50,28 por saca de 50 quilos. Representa uma alta de 0,90% frente à semana anterior e 4,36% superior ao mês anterior. Frente ao mesmo período do ano anterior, a elevação é de 25,87%.
Apesar de a colheita da nova safra de arroz em casca ainda não ter se iniciado, produtores têm se mantido firmes quanto aos preços. Do lado da demanda, compradores estiveram mais ativos no mercado nos últimos dias, o que sustentou os valores no Rio Grande do Sul. “Vale ressaltar que a procura também segue aquecida em outros estados, como Minas Gerais, Goiás e São Paulo”, lembra o analista de SAFRAS & Mercado, Gabriel Viana.
As exportações brasileiras alcançaram no ano comercial de 2019, de janeiro a dezembro, 1,434 milhão de toneladas base casca, conformes dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). Segundo a avaliação da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), novamente, o país ultrapassou a barreira de um milhão de toneladas e, até de forma surpreendente, pois com a expressiva quebra da safra nacional e das disponibilidades, a tendência seria de reduzir substancialmente as exportações, quando atingiu no ano agrícola de 2018 o relevante volume de 1,7 milhão de toneladas.
Em 2019, o país apresentou como perfil na exportação 517 mil toneladas no arroz beneficiado, 269 mil no arroz em casca, 644,7 mil no arroz quebrado e 2,6 mil toneladas no arroz esbramado. Segundo o diretor de Mercado da Federarroz, Marco Aurélio Tavares, o Brasil tem se mantido entre os dez maiores exportadores do cereal e, excluindo os países asiáticos, fica na segunda colocação, apenas abaixo dos Estados Unidos. “Com isso, indiscutivelmente, se consolida como importante player no mercado internacional”, destaca.
Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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