Com Chicago e dólar em direções opostas, clima centra atenções em meio à volatilidade na soja

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Porto Alegre, 17 de novembro de 2023 – A semana foi de muita volatilidade no mercado brasileiro de soja. Enquanto os contratos futuros subiram em Chicago, o dólar recuo frente ao real. A movimentação foi moderada, mas com os produtores aproveitando os picos de Chicago. No centro de todas as movimentações, o clima irregular no Brasil centra as atenções.

A saca de 60 quilo subiu de R$ 145,00 para R$ 147,00 em Passo Fundo (RS). No Paraná, em Cascavel, o preço permaneceu em R$ 135,00. Já em Rondonópolis (MT), a cotação caiu de R$ 128,00 para R$ 126,00. No Porto de Paranaguá, a saca estabilizou na casa de R$ 145,00. Os prêmios subiram, com os negociadores adicionando risco climático.

O plantio está atrasado no Brasil. Sobra chuva no Sul e falta no Norte do cinturão produtor. As preocupações com o andamento dos trabalhos no Brasil sustentou a Bolsa de Chicago. Até a manhã da sexta, 17, a valorização dos contratos com vencimento em janeiro era de 0,78%, cotados a US$ 13,58 por bushel.

Outro importante fator de formação nos preços, o câmbio pressionou as cotações. O dólar comercial tinha queda acumulada de 0,69% até a manhã da sexta, na casa de R$ 4,88. A melhora no ambiente externo ajudou a moeda americana e agiu na contramão do efeito positivo de Chicago.

Argentina

O Ministério da Economia da Argentina, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca, estima o plantio de 16,6 milhões de hectares de soja no país em 2023/24. O volume fica 0,6% acima dos 16,5 milhões de hectares projetados no relatório de outubro. Na campanha 22/23, foram 16 milhões de hectares. A produção na temporada passada totalizou 25 milhões de toneladas.

A área prevista para plantio de soja deve crescer devido à umidade do solo e preços favoráveis. O plantio acelerou após chuvas recentes e áreas menos chuvosas aguardam melhores condições de umidade.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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