Preços do boi voltam a subir apesar de alguma folga na oferta

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     Porto Alegre, 16 de outubro de 2020 – Os preços do boi gordo voltaram a subir nas principais praças de produção e comercialização do país nesta semana. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, houve registro de negócios acima das referências.

     “A disputa por animais que cumprem os requisitos de exportação com destino ao mercado chinês segue acirrada, resultando em um ágio de até R$ 8,00 por arroba em relação ao animal destinado ao mercado doméstico”, disse ele.

     A incidência de contratos na modalidade à termo e ofertas oriundas de confinamentos próprios contribuem para um alongamento das escalas de abate entre os frigoríficos de maior porte. Mesmo assim, conforme Iglesias, não há sinais de pressão de baixa nos preços, pelo menos no curto prazo. “Por outro lado, para o último bimestre o movimento de alta tende a ganhar consistência em um ambiente pautado pelo aquecimento da demanda, somado ao quadro de restrição de oferta”, assinalou. 

     Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade à prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 15 de outubro:

* São Paulo (Capital) – R$ 263,00 a arroba, contra R$ 259,00 a arroba em 08 de outubro, subindo 1,54%.

* Goiás (Goiânia) – R$ 253,00 a arroba, contra R$ 250,00 a arroba (1,2%).

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 260,00 a arroba, ante R$ 256,00 a arroba, subindo 1,56%.

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 255,00 a arroba, ante R$ 254,00 a arroba (0,39%).

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 250,00 a arroba, contra R$ 248,00 a arroba (0,81%).

Exportação

     As exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 252,644 milhões em outubro (7 dias úteis), com média diária de US$ 36,092 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 60,102 mil toneladas, com média diária de 8,586 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.203,50.

    Na comparação com outubro de 2019, houve alta de 4,22% no valor médio diário, ganho de 10,75% na quantidade média diária e queda de 5,9% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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