Soja tem dia volátil, avaliando dados do USDA a absorvendo alta do dólar

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     Porto Alegre, 11 de fevereiro de 2020 – Em dia de relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o mercado brasileiro de soja teve poucos negócios e preços estáveis. Sem surpresas e diante de muita volatilidade, o mercado travou, sem negócios significativos.

     Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 83,50. Na região das Missões, a cotação ficou em R$ 82,50. No porto de Rio Grande, o preço permaneceu em R$ 88,00.

     Em Cascavel, no Paraná, o preço estabilizou em R$ 80,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca avançou seguiu em R$ 88,00.

     Em Rondonópolis (MT), a saca permaneceu em R$ 77,00. Em Dourados (MS), a cotação seguiu em R$ 76,00. Em Rio Verde (GO), a saca estabilizou em R$ 76,00.

     Chicago

     Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mistos, perto da estabilidade e em dia volátil. O relatório de fevereiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) foi assimilado sem grandes impactos.

     O relatório não alterou a sua estimativa para a produção americana, mas cortou a estimativa para os estoques. A redução foi maior do que a esperada. A produção 2019/20 está estimada em 3,558 bilhões de bushels, ou 96,83 milhões de toneladas, repetindo o mês anterior.

     Os estoques finais em 2019/20 estão projetados em 425 milhões de bushels, o equivalente a 11,57 milhões de toneladas, enquanto o mercado apostava em número em torno de 12,19 milhões. No relatório anterior, a previsão era de 475 milhões de bushels ou 12,927 milhões de toneladas.

     A previsão para as exportações americanas subiu de 1,775 bilhão de bushels para 1,825 bilhão. O esmagamento está projetado em 2,105 bilhões de bushels, sem alteração.

     O relatório projetou safra mundial de soja em 2019/20 de 339,4 milhões de toneladas. No relatório anterior, a previsão era de 337,7 milhões. Os estoques finais estão estimados em 98,86 milhões de toneladas. O mercado esperava por estoques finais de 97,2 milhões de toneladas. Em janeiro, a previsão era de 96,67 milhões.

     A projeção do USDA aposta em safra americana de 96,8 milhões de toneladas, repetindo a previsão de janeiro. Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 125 milhões de toneladas, acima do número de janeiro, de 123 milhões. A Argentina deverá produzir 53 milhões de toneladas, sem alteração.

     A estimativa para as importações chinesas em 2019/20 foi elevada de 85 milhões para 88 milhões de toneladas. No ano anterior, o número foi de 82,54 milhões de toneladas.

     Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 0,50 centavo de dólar, ou 0,05%, em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,84 3/4 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 8,97 1/4 por bushel, inalterado em relação ao fechamento anterior.

     Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 0,60, ou 0,2%, a US$ 290,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 30,72 centavos de dólar, ganho de 0,10 centavo ou 0,32% na comparação com o fechamento anterior.

     Câmbio

     O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com alta de 0,09%, sendo negociado a R$ 4,3250 para venda e a R$ 4,3270 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,2990 e a máxima de R$ 4,3400 (maior valor intradiário desde a criação do Plano Real).

     Agenda de quarta

– Eurozona: A produção industrial de dezembro será publicada às 7h pela Eurostat.

– A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 12h30 pelo Departamento de Energia (DoE).

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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